O bispo Dom Martinez Alvarez, de Corumbá, cancelou a Santa Missa prevista para o dia 30 de dezembro, na Igreja Matriz da cidade, distante 444 quilômetros de Campo Grande. A decisão veio depois que foi proibida a participação dos integrantes do candomblé e da umbanda na missa, ritual que era realizado há sete anos. O grupo poderia apenas fazer a lavagem da escadaria, mas o templo estaria fechado para eles.
Desde 2004, os integrantes das religiões das matrizes africanas assistem à Santa Missa no dia 30, vestidos com as roupas tradicionais, sentados nos primeiros bancos da igreja. Após a celebração, eles saíam e lavavam a escadaria da igreja. Esta participação dentro do tempo já havia sido vetada, mas o bispo resolveu cancelar as missas dos dias 30 e 31 de dezembro.
O bispo disse que já repassou a decisão para os integrantes do candomblé e da umbanda. “Não foi um cancelamento de um momento para outro, foi uma decisão pensada”, disse Alvarez. O bispo explica que a presença do grupo na missa não tem coerência religiosa, pois nunca houve uma união real entre os cultos. “É uma questão doutrinária”. O pároco da Igreja Matriz, padre Fábio Vieira, disse que concorda com a decisão do bispo e com os motivos do cancelamento.
O presidente da Associação Corumbaense das Religiões de Matrizes Africanas do Pantanal e Região (Acorema) e delegado das religiões de matrizes sul-africanas do Centro Oeste, Clemílson Pereira Medina, nega que tenha sido avisado oficialmente pelo bispo da decisão de cancelar a missa. “Corumbá vai perder com isso, eles [bispo e padre] não estão respeitando nem os fieis da igreja deles; as famílias mais tradicionais da cidade esperam essa missa”, disse.
Medina disse que vai manter a lavagem da escadaria, no dia 30 de dezembro, mesmo sem a Santa Missa. Antes, no dia 29, está previsto uma caminhada em defesa da liberdade religiosa.
fonte: globo.com
O bispo disse que já repassou a decisão para os integrantes do candomblé e da umbanda. “Não foi um cancelamento de um momento para outro, foi uma decisão pensada”, disse Alvarez. O bispo explica que a presença do grupo na missa não tem coerência religiosa, pois nunca houve uma união real entre os cultos. “É uma questão doutrinária”. O pároco da Igreja Matriz, padre Fábio Vieira, disse que concorda com a decisão do bispo e com os motivos do cancelamento.
O presidente da Associação Corumbaense das Religiões de Matrizes Africanas do Pantanal e Região (Acorema) e delegado das religiões de matrizes sul-africanas do Centro Oeste, Clemílson Pereira Medina, nega que tenha sido avisado oficialmente pelo bispo da decisão de cancelar a missa. “Corumbá vai perder com isso, eles [bispo e padre] não estão respeitando nem os fieis da igreja deles; as famílias mais tradicionais da cidade esperam essa missa”, disse.
Medina disse que vai manter a lavagem da escadaria, no dia 30 de dezembro, mesmo sem a Santa Missa. Antes, no dia 29, está previsto uma caminhada em defesa da liberdade religiosa.
fonte: globo.com